Vamos deixar a hipocrisia de lado e pensar de modo realista: as duas perguntas que a gente se faz antes de decidir por um investimento tratam sempre do retorno financeiro gerado e qual o potencial de mais rentabilidade nos próximos tempos. É um pensamento apropriado, mas insuficiente. Então como saber qual o melhor investimento? No longo prazo, o melhor investimento é o que combina retorno financeiro e conforto para os investidores.
A rentabilidade importa muito e ninguém investe com o objetivo de perder dinheiro. Mas assim como os investimentos são um meio de construção de patrimônio financeiro, as empresas investidas são uma ferramenta para construção do futuro.
Por isso, além de se atentar ao retorno financeiro, precisamos nos informar também sobre que futuro a empresa está ajudando a construir.
Como assim?
Diante das evidências das mudanças climáticas e aumento da desigualdade, ou a gente investe em empresas com iniciativas e soluções que ajudem a melhorar o mundo e nos propiciem conforto e segurança no ir e vir, ou ter um bom patrimônio financeiro pouco vai adiantar.
Afinal, com falha no abastecimento de energia e temperatura elevada, de que vai adiantar ter o melhor ar condicionado em uma casa de campo linda e arejada?
O que é um investimento que propicia conforto?
No curto prazo, investir numa empresa altamente poluente pode até entregar retorno financeiro interessante. Mas como estará a qualidade do ar, da sua cidade e vida quando você for usar seu lucro?
E do que vai adiantar milhares ou milhões de reais se não tiver água para comprar porque inúmeras empresas desperdiçaram litros e litros por anos e anos?
Com esses exemplos, fica claro que o retorno por si só não é garantia de conforto e qualidade de vida. O dinheiro compra muita coisa, mas precisamos de ter o que comprar e um lugar para fazer bom uso desses bens. Portanto, os melhores investimentos são os que combinam potencial de retorno com geração de impacto positivo, a fim de propiciar transformações necessárias para a sociedade e o planeta.
E existe opção de investimento que combina retorno e conforto?
Sim. As empresas que já estão presentes no mercado de capitais estão adaptando seus modelos de negócios e estrutura de operação, como mostram os exemplos abaixo:
- As fabricantes de automóveis no Brasil já avançam na linha de montagem de veículos elétricos, seguindo a tendência mundial de redução gradual do uso de combustíveis fósseis.
- Indústrias da moda e o agronegócio já operam para reduzir o consumo de água
- Empresas do varejo, principalmente, consolidam políticas internas para aumentar a diversidade de gênero e raça dentro de seus quadros de funcionários.
Essas mudanças não vieram por acaso. As companhias precisam tanto mitigar os riscos da própria operação quanto responder a uma demanda dos investidores, cada vez mais interessados em questões relacionadas à sustentabilidade e práticas ESG.
Qual o cenário?
Dados da consultoria PwC apontam que o investimento em companhias que desenvolvem tecnologias para frear as mudanças climáticas mais do que triplicaram ao sair US$ 24,8 bilhõe em junho de 2020 para US$ 87,5 bilhões no mesmo mês de 2021.
Os números indicam que existe uma demanda, e é tarefa tanto das gestoras quanto das companhias aumentar as opções de investimento em soluções que estimulem transformações positivas.
Como a VOX Capital tem conseguido aprovar através de seus fundos, retorno financeiro competitivo e impacto social podem caminhar juntos sim. Cabe aos investidores, entretanto, saber que transformações positivas desejam provocar no mundo. Essa é uma pergunta tão relevante quanto a sobre o potencial de retorno.
Afinal, 100% dos investimentos impactam vidas. Isso precisa ser considerado na tomada de decisão de 100% dos investidores.