Na batalha coletiva para combater problemas como a crise climática e pobreza, acreditamos na gestão de impacto junto aos empreendedores e empreendedoras em que investimos. Isso porque, assim como indicadores comerciais ou financeiros, o impacto também precisa ser lastreado, mensurado e gerenciado. E se o impacto ajuda o negócio a performar melhor, é por meio de sua gestão que o nosso portfólio se expande em valor de mercado e conectado à economia real.
Quando o impacto é tratado como parte do core business, gerenciá-lo é uma maneira de acompanhar a entrega da sua proposta de valor, além de apoiar a mitigação dos riscos e alavancar a estratégia comercial.
O principal benefício da gestão de impacto para os negócios é entender o valor gerado para o cliente e, com base nisso, reunir esforços internos e externos para potencializar esse valor.
Gerenciar os efeitos dos investimentos na vida das pessoas e do planeta é tão imprescindível quanto gerenciar seu risco e retorno financeiro.
Acreditamos que a gestão de impacto adiciona valor à empresa, pois gera maior fidelidade dos clientes, melhor imagem de marca e, assim, um negócio mais resiliente no longo prazo e um investimento mais atrativo.
Reconhecer as múltiplas dimensões do impacto experimentado pelas pessoas e pelo planeta é base para a compreensão das mudanças causadas pelos produtos e serviços.
O IMP promoveu um consenso global para que impacto seja definido por 5 dimensões: o quê, quem, quanto, contribuição e risco.
Lançado em 2016, o Impact Management Project (IMP) é uma iniciativa global que envolve mais de 2000 atores da cadeia de valor, entre empreendedores, gestores de fundos, investidores, alocadores de recursos e intermediários. O objetivo dessa iniciativa é criar um consenso sobre como falamos, medimos e gerenciamos impacto.
Depende de qual função cada indicador tem para você! O mais importante é que sejam úteis. Na VOX, combinamos os dois tipos.
Durante a Teoria da Mudança, definimos os principais indicadores vinculados aos outputs e outcomes específicos do negócio, e consolidamos esses indicadores nas 5 dimensões IMP.
Para a gestão do nosso portfólio no nível VOX, temos um indicador padronizado: número de pessoas atendidas. Temos também indicadores padronizados no nível de temática de impacto, por exemplo, em inclusão financeira: volume de crédito concedido.
No geral permitem comparação entre diferentes negócios.
Nossa dica aqui é garantir que os parâmetros de comparação sejam válidos. Você pode fazer isso em uma segmentação por setor ou temática de impacto (aquela velha história popular: não compare banana com maçã).
Outra maneira de utilizar indicadores padronizados é no acompanhamento de dados de alcance do negócio investido. Por exemplo: os números de pessoas atendidas ou número de cidades servidas, que usamos na VOX.
A plataforma do IRIS+ reúne um catálogo de indicadores de impacto padronizados, sendo possível também acessar conjuntos de métricas por temática de impacto.
Trazem maior precisão para o acompanhamento da eficiência da solução.
Nossa dica é que eles sejam inseridos na rotina da empresa. Identifique qual área dentro da empresa tem interesse no dado. Por exemplo: indicador de melhoria da performance do aluno, antes e depois do uso de determinada solução de educação, traz informações relevantes sobre o desempenho de impacto da solução, mas também úteis para a área de sucesso do cliente, além de apoiar a área comercial na atração de novos clientes.
Alguns indicadores, como o NPS, seguem uma metodologia padronizada, porém a análise do resultado deve levar em consideração o setor ou segmento em questão.