O mundo está mudando mas ainda há quem questione a relevância da diversidade de gênero para os negócios e a melhoria da economia como um todo. É preciso divulgar as evidências, que não são poucas, de que a diversidade de gênero importa sim, e gera muito valor para empresas e sociedade.
Para ajudar a divulgar essas evidências, separamos argumentos para se ter na ponta da língua na hora de explicar por que e como a diversidade de gênero gera tanto valor.
1. Mais diversidade dá mais lucro, confirma a McKinsey
A consultoria referência no mundo todo levanta desde 2015 dados sobre o impacto da diversidade e da inclusão nos negócios. O artigo mais recente, divulgado em 2020, mostrou que entre as companhias analisadas, as com maior diversidade de gênero tiveram performance 25% superior às menos diversas.
E o resultado fica melhor a cada ano, provando que o médio-longo prazo tem sim um efeito positivo nas iniciativas de diversidade.
Em 2017, as companhias com melhor representatividade feminina tiveram performance 21% superior, e em 2014, na primeira pesquisa, a vantagem foi de 14%. Em 6 anos, o avanço foi de 11 pontos percentuais, o que prova que a diversidade de gênero importa sim.
2. O dinheiro tende a render mais na mão das mulheres, mostram três pesquisas diferentes
- O Boston Consulting Group relata que para cada dólar que uma fundadora ou cofundadora arrecada, a receita gerada é 2,5 vezes maior que a de um fundador homem
- Uma pesquisa do First Round Capital mostra que as empresas fundadas por mulheres têm uma operação 63% melhor que companhias fundadas apenas por homens.
- O retorno sobre investimento em empresas que têm mulheres como líderes é 35% superior ao de empresas com apenas homens na liderança, aponta relatório da fundação Marion Ewing Kauffman.
Esses são os números destacados nesta publicação sobre negócios na América Latina, que tem sido um grande polo de inovação e atração de capital.
3. Hoje as pessoas e a habilidade de resolver problemas são os maiores ativos das companhias. Mais gente pensa melhor
O mundo evoluiu. Se antes a geração de valor estava nas operações industriais, hoje está na tecnologia, habilidade de resolver problemas e experiência do usuário. Por isso, quanto mais fielmente a sociedade estiver representada dentro da empresa, maior a chance de a empresa desenvolver produtos e soluções que melhor enderecem as demandas da sociedade como um todo.
4. É melhor ser mais capitalista do que machista
Capitalistas ficam atentos às oportunidades e olham números de mercado que indicam vantagens competitivas. Já os machistas têm olhar enviesado e podem não perceber sinais de bons negócios.
Claro que não dá para ser tão calculista assim. E aí entra o termo do capitalismo consciente, que considera o impacto financeiro e não financeiro das decisões corporativas. A diversidade de gênero gera também valores não mensuráveis, como autoestima, senso de pertencimento e comunidade para homens e mulheres.
5. Espaços diversos fomentam inovação e vantagem competitiva
O resultado desse ganho de autoestima e senso de comunidade é que mais pessoas se sentem à vontade para ser quem são e, assim, conseguem colocar seu potencial à favor da empresa e da sociedade. É importante destacar que empresas são feitas por pessoas, e quanto mais potentes essas estiverem, mais fortes são as companhias.
Segundo a McKinsey, lugares mais diversos contribuem com a atração e retenção de talentos, satisfação do cliente e um ciclo virtuoso de bons resultados.
Embora para alguns os fatos e números não sejam novidades, o caminho para a compreensão da relevância socioeconômica da diversidade de gênero ainda é longo. Aos que já entenderam a importância, cabe a tarefa de difundir os argumentos, cada vez mais incontestáveis.
