A velha e difamada arte de varrer a sujeira para debaixo do tapete vem, finalmente, perdendo espaço no mundo dos negócios e investimentos. Parte disso se deve ao tal do investimento ESG, tão falado para lá e para cá e que ganhou lugar de destaque no discurso de investidores, banqueiros, empresários, gestores e, pouco a pouco, de quem pretende investir em uma empresa.
O que é ESG?
Antes de partir para explicar o que é investimento ESG, vale explicar o que isso significa. Criado no começo da década passada, o verbete resume os termos “environmental, social and governance”. No duro, o termo engloba as práticas empresariais e de investimento que envolvem critérios de sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa.
O que é um investimento ESG?
Um investimento ESG é antes de tudo um investimento sustentável porque é feito numa empresa que trabalha para que seu produto ou serviço opere num modelo sustentável dentro da vertente das três letras, sem causar grandes danos.
Um exemplo prático é o caso da Natura &Co. Desde 2007 a fabricante de cosméticos compensa suas emissões de gases poluentes e pretende zerar todas as emissões até 2030. No lado social, a companhia já possui mais da metade de seus cargos de liderança ocupados por mulheres e tem como meta ter metade do conselho de administração constituído por mulheres até 2023.
A Magazine Luiza também é um exemplo da empresa ESG, com destaque no aspecto social do ESG. Além de ter em geral bons retornos nos negócio e, no médio prazo, valorização das ações negociadas em bolsa, a companhia tem histórico de boas práticas e políticas internas voltadas à inclusão e promoção da diversidade.
É diferente de um investimento de impacto?
Sim, é diferente do investimento de impacto porque o ESG preza pelo como. Os cosméticos da Natura não resolvem um problema relevante em si, mas a forma como são feitos, a cadeia de produção e distribuição, não causa danos nem ao meio ambiente nem aos colaboradores e clientes.
O investimento de impacto, por sua vez, preza pelo quê. Nessa categoria, as empresas são analisadas pela ótica do que fazem, e se esse produto ou serviço endereça uma solução para problemas sociais ou ambientais relevantes.
Por exemplo, a startup Celcoin, investida pela VOX Capital, atua através de uma plataforma de open finance para permitir o acesso a serviços financeiros pelos desbancarizados. Entre os serviços estão pagamento de contas, transferências, recargas de celular. A Celcoin quer combater a exclusão financeira, um problema social relevante.
Como fazer um investimento ESG?
Um investimento ESG pode ser feito de diversas maneiras na renda fixa e variável. Além de ações individuais de empresas, atualmente há fundos de ações, renda fixa e multimercado que investem apenas em companhias que aplicam os critérios ESG em seus negócios e reportam resultados para o mercado através de relatórios de sustentabilidade.
Neste caso, o gestor faz uma análise das firmas que vão compor o fundo e considera tanto os aspectos de sustentabilidade quanto o potencial de retorno do negócio. Afinal, não adianta uma companhia mudar totalmente sua operação se ela não seu modelo de negócios, que precisa ser sustentável e rentável
Outra possibilidade de investimento são os ETFs, que acompanham índices de sustentabilidade utilizados como benchmark na bolsa de valores brasileira, como o Índice Carbono Eficiente, o S&P/B3 Brasil ESG e o Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGC), entre outros.
Para fazer tudo isso, o ideal é escolher uma gestora de investimentos como a Vox Capital, que analisa criteriosamente tanto a relação de risco e retorno quanto a gestão dos efeitos sobre as pessoas e o planeta.
100% dos investimentos impactam vidas. Você está gerenciando o impacto dos seus?
