O agro é pop e também uma peça chave do mundo porque é dele que vem nosso alimento. No Brasil, a atividade é um forte vetor de crescimento econômico e capaz de resistir a períodos turbulentos, como o da pandemia. Entretanto, o setor também enfrenta o desafio de se desassociar das más práticas ambientais. Um agro efetivamente sólido deve impulsionar a economia de baixo carbono, e temos muito a evoluir nessa direção.
Para desenhar o caminho dessa evolução, e participar dela como investidores, vale entender um pouco melhor como funciona a cadeia de financiamento do agronegócio e os agentes que dela participam, como as cooperativas de crédito.
O instrumento financeiro associado à fiscalização
A principal ferramenta de financiamento dos produtores é o crédito rural, uma modalidade de crédito disponibilizada por várias instituições financeiras e que deve seguir uma regulação exclusiva do Banco Central.
Para além do detalhamento financeiro e estruturação das negociações, ao crédito rural está associado um tipo de fiscalização. Ou seja, as instituições que concedem o crédito devem estar equipadas para identificar os seguintes pontos:
- As propriedades rurais beneficiadas seguem as normas previstas no código florestal brasileiro?
- Elas sofrem algum impedimento ou embargo de órgãos ambientais?
- Elas estão mencionadas na lista de trabalho escravo do Ministério Público Federal?
No cenário ideal, o crédito é concedido para donos de propriedades aprovadas por estarem de acordo com a lei e boas práticas. Entretanto, dada a enormidade da extensão territorial brasileira, os grandes bancos não têm a devida capacidade de conceder créditos a uma base muito pulverizada de clientes ou donos de propriedades distantes dos grandes centros urbanos.
O desafio é maior no relacionamento com produtores menores. O Pronaf (Programa Nacional de Agricultura Familiar), por exemplo, enfrenta dificuldades para conseguir escoar e ofertar os produtos de crédito já disponíveis devido ao esforço operacional, custo de monitoramento e relacionamento com produtores menores.
O Potencial das Cooperativas de Crédito
Para além dos grandes bancos, públicos e privados, as cooperativas de crédito ganham cada vez mais força e participação no mercado de capitais. E o que são elas?
As cooperativas de crédito, em essência, são organizações baseadas em grupos de pessoas de um mesmo setor, ou atividades bem parecidas, que se juntam para prestar serviços financeiros aos seus associados. Ou seja, os cooperados, pessoas físicas associadas às cooperativas, são ao mesmo tempo donos e usuários.
As cooperativas oferecem produtos e serviços, como conta corrente, empréstimos e aplicações financeiras. Elas não têm como objetivo final o lucro, mas sim o ganho de rentabilidade associado ao atendimento personalizado das necessidades do grupo.
Nem toda cooperativa é do agronegócio, mas vale destacar que, no agro, elas têm ganhado relevância. Em 2022, o financiamento de produtores por parte das cooperativas já somaram mais de 15,5 milhões (BRL), superando o volume de concessão de crédito dos bancos privados, como traz esta reportagem publicada no Valor Econômico.
Importância das cooperativas para o agro responsável
As cooperativas de crédito que atuam no nicho do agronegócio têm melhor capacidade de monitoramento e financiamento das propriedades rurais menores e afastadas dos grandes centros.
Por serem uma estrutura de menor porte e um modelo de negócio descentralizado e mais próximo do cliente final, elas são um agente poderoso para o impulso da agricultura familiar e apoio na adoção de novas tecnologias para produção mais sustentável, como a agricultura de baixo carbono.
O ponto-chave é que, assim como os bancos comerciais tradicionais, elas também são responsáveis por garantir a conformidade com a legislação ambiental. E como estão mais próximas do produtor, conseguem chegar onde os grandes bancos não chegam, ampliando o acesso à produção sustentável.
Isso favorece o mercado de capitais, a sustentabilidade do agro e, em certa medida, até a inclusão social de produtores que, agora, passam a ter acesso facilitado ao crédito rural.
Cooperativas no VOX Desenvolvimento Sustentável
A Sicredi é a maior instituição financeira cooperativa do Brasil e conta com mais 2.000 agências, presentes em todos os estados do país. Sendo especializada em agronegócio, conta com mais de 300 produtos e serviços para seus clientes, alcançando a posição de 2ª instituição com maior liberação de crédito rural, atrás apenas do Banco do Brasil.
Por ter uma estratégia focada nos desenvolvimento local e inclusão financeira no campo, ela é aprovada na Metodologia Vox de Desenvolvimento Sustentável aplicada no nosso fundo de renda fixa, atendendo os ODS de Fome Zero e Agricultura Sustentável (ODS 2) e o de Energia Limpa e Acessível (ODS 7). E já está na composição atual da carteira do fundo.
Para o time de gestão do VOX Desenvolvimento Sustentável, investir na Sicredi neste momento é se posicionar diante de um ativo financeiramente saudável e que contribui para os objetivos globais de desenvolvimento sustentável. Conheça os outros ativos da carteira
